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30 de abr. de 2009

A FARRA DAS PASSAGENS AÉREAS NA CÂMARA

Valeu a pressão popular!
A Câmara retrocedeu e resolveu, aparentemente, criar regras dentro da moralidade exigida pelo serviço público.

Precisamos agora fazer uma corrente extensa de brasileiros para pressionar o serviço público a ser de fato transparente, publicando on line (isto é, atualização na hora), nos sites correspondentes de suas instituições, TODAS as receitas e despesas (de e para quem, quanto, quando, resumo discriminatório e responsável pela autorização). Não há porque buscar desculpas e desculpas de ordem administrativa para acobertamento dessa informações.

Dá trabalho? Nem tanto. Hoje, como tudo praticamente está informatizado, não é tão complicado oferecer estas informações a nós, o povo - elas são nossas por direito

Aí sem, teremos um excelente poder fiscalizador de onde e com quem está sendo gasto o dinheiro público e, então, de fato se criar possibilidades de diminuir a corrupção que arrasa, rouba e avilta nosso país.

Junte-se nessa corrente.
Repasse a idéia.



A notícia:
Redução de cota de passagens aéreas na Câmara vai gerar economia de R$ 17,9 mi
Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil



Brasília - As novas regras de uso de passagens aéreas pelos parlamentares e o corte de 20% no valor dos créditos de passagens para cada deputado, acertadas hoje (28) pelos líderes e definidas em ato da Mesa Diretora da Câmara, vão gerar uma economia anual aos cofres da Casa da ordem de R$ 17,9 milhões. A informação foi dada pela assessoria de imprensa da Câmara.

Só com o corte de 20% nos créditos a economia anual será de R$ 15,5 milhões, enquanto que com o corte nas cotas extras de passagens a que cada líder partidário e que cada integrante da Mesa Diretora da Câmara tinha direito, a economia será da ordem de R$ 2,4 milhões por ano.

Pelas novas regras, só poderá usar a cota de passagem aérea o próprio deputado ou assessor, desde que autorizado pela Mesa Diretora. Agora, nem conjuge nem filho nem parentes do deputado poderão mais viajar com a cota de passagem do parlamentar.

Mesmo com as mudanças nas regras de uso de passagens aéreas, os oito deputados de Roraima vão continuar tendo a maior cota mensal. O valor era de R$ 18.737,44 e, com o corte de 20%, passou para R$ 14.989,95. Também os oito deputados do Distrito Federal vão continuar recebendo cota de passagem aérea. Eles recebiam mensalmente R$ 4.705,72 e agora vão receber R$ 3.764,58 por mês.

Essa cota de passagem aérea é para permitir que o deputado possa se deslocar semanalmente do seu Estado para Brasília, sede do Congresso Nacional. Ela é calculada de acordo com a distância do estado até a capital federal e se destina a quatro deslocamentos de ida e volta do estado à Brasília por mês.

22 de abr. de 2009

LEGISLADORES TAMBÉM PRECISAM URGENTE DE FORMAÇÃO EM SERVIÇO PÚBLICO

Remeti hoje esta mensagem a todos os deputados da Câmara:

"O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), afirmou hoje que os deputados que usaram passagens aéreas bancadas pela Casa fora da atividade parlamentar não cometeram nenhum ilícito."

Senhores Deputados,

Indignada, li a notícia acima.

De fato, não cometeram nenhum ilícito porque as regras permitiram atos anti-éticos. No entanto, quem tem senso ético não precisaria nunca de regras éticas claras para não usar dinheiro público em benefício próprio. Essa desculpa do Pres. da Câmara (pasmem! do Presidente da Câmara dos Deputados da República Federativa do Brasil!) e Dep. Michel Temer, infelizmente, mostra bem a cara das nossas instituições públicas, nas quais ainda existem e persistem regras de cunho individualista, clientelista e de patronagem.

O Brasil estará longe de uma solução definitiva para seu desenvolvimento enquanto NAÇÃO se nossos representantes (que são a cara do povo SIC!), os quais detêm o poder de realmente iniciar uma mudança substancial para melhor nesse país em todos os sentidos, continuarem a defender, em muitos momentos, primeiro seus próprios interesses colocando o individual acima da comunidade, da sociedade, da Nação. O movimento de um servidor público, que de fato seja um servidor do que é público para o público (de todos e não de uns tantos), parte primeiro para a consecução de estratégias e ações em prol do interesse da comunidade, para assim, chegar igualmente a todos os indivíduos que compõem a Nação.

Creio que com essa declaração infeliz do Presidente da Câmara e Dep. Michel Temer, fica mais claro ainda que representantes do povo estão precisando urgentemente de formação, treinamento, ou seja lá o que for, sobre o que é representar os interesses do povo acima de tudo, situação que se exclui os próprios interesses, uma vez que demonstram, como na declaração acima, não terem recebido esse tipo de ensinamento.

Mesmo os que não fizeram uso desse artifício em benefício próprio tinham obrigação de se movimentarem para impedir que esse desmando continuasse.

E aproveito para declarar, como cidadã, que sou absolutamente contra pagamento de passagens e outros benefícios ou seja lá o que for para parentes de servidores públicos ou qualquer outra pessoa que não o próprio servidor e comprovadamente a trabalho, desde o Presidente da República até o faxineiro da mais simples repartição, que não estejam nas regras também para TODOS os brasileiros.

Grata pela atenção.

Irene Nousiainen Sampaio - uma cidadã desesperançada - mais ainda diante de tal afirmação-, de que esse país se aprume e tome rumo longe do individualismo, do clientelismo, da patronagem, do interesse de grupos e de tantas práticas semelhantes comuns no serviço público deste nosso rico país dilapidado.
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O Brasil melhoraria substancialmente se os senhores Deputados e Senadores só tivessem direito a qualquer benefício, além de um salário justo (não o exorbitante e desconexo com a realidade brasileira que ganham hoje), depois que o conseguissem para o povo brasileiro. Isso, sim, traria resultados para o povo e seria justo!