Remeti hoje esta mensagem a todos os deputados da Câmara:
"O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), afirmou hoje que os deputados que usaram passagens aéreas bancadas pela Casa fora da atividade parlamentar não cometeram nenhum ilícito."
Senhores Deputados,
Indignada, li a notícia acima.
De fato, não cometeram nenhum ilícito porque as regras permitiram atos anti-éticos. No entanto, quem tem senso ético não precisaria nunca de regras éticas claras para não usar dinheiro público em benefício próprio. Essa desculpa do Pres. da Câmara (pasmem! do Presidente da Câmara dos Deputados da República Federativa do Brasil!) e Dep. Michel Temer, infelizmente, mostra bem a cara das nossas instituições públicas, nas quais ainda existem e persistem regras de cunho individualista, clientelista e de patronagem.
O Brasil estará longe de uma solução definitiva para seu desenvolvimento enquanto NAÇÃO se nossos representantes (que são a cara do povo SIC!), os quais detêm o poder de realmente iniciar uma mudança substancial para melhor nesse país em todos os sentidos, continuarem a defender, em muitos momentos, primeiro seus próprios interesses colocando o individual acima da comunidade, da sociedade, da Nação. O movimento de um servidor público, que de fato seja um servidor do que é público para o público (de todos e não de uns tantos), parte primeiro para a consecução de estratégias e ações em prol do interesse da comunidade, para assim, chegar igualmente a todos os indivíduos que compõem a Nação.
Creio que com essa declaração infeliz do Presidente da Câmara e Dep. Michel Temer, fica mais claro ainda que representantes do povo estão precisando urgentemente de formação, treinamento, ou seja lá o que for, sobre o que é representar os interesses do povo acima de tudo, situação que se exclui os próprios interesses, uma vez que demonstram, como na declaração acima, não terem recebido esse tipo de ensinamento.
Mesmo os que não fizeram uso desse artifício em benefício próprio tinham obrigação de se movimentarem para impedir que esse desmando continuasse.
E aproveito para declarar, como cidadã, que sou absolutamente contra pagamento de passagens e outros benefícios ou seja lá o que for para parentes de servidores públicos ou qualquer outra pessoa que não o próprio servidor e comprovadamente a trabalho, desde o Presidente da República até o faxineiro da mais simples repartição, que não estejam nas regras também para TODOS os brasileiros.
Grata pela atenção.
Irene Nousiainen Sampaio - uma cidadã desesperançada - mais ainda diante de tal afirmação-, de que esse país se aprume e tome rumo longe do individualismo, do clientelismo, da patronagem, do interesse de grupos e de tantas práticas semelhantes comuns no serviço público deste nosso rico país dilapidado.
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O Brasil melhoraria substancialmente se os senhores Deputados e Senadores só tivessem direito a qualquer benefício, além de um salário justo (não o exorbitante e desconexo com a realidade brasileira que ganham hoje), depois que o conseguissem para o povo brasileiro. Isso, sim, traria resultados para o povo e seria justo!
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