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12 de jun. de 2009

PRAJNAPARAMITA - SUTRA DO CORAÇÃO - PERFEIÇÃO DE SABEDORIA

Procuro ser uma budista - da Nova Tradição Kadampa, porque ser budista é um estilo de vida que vai-se aprendendo aos poucos resultando em real transformação da mente e do comportamento. E este tem sido um caminho de muito crescimento espiritual e como pessoa.

Agradeço a Geshe-La por seu profundo amor e compaixão....por possibilitar o aprendizado do Dharma em várias línguas...somente por isso, por se dedicar também a traduzir os ensinamentos de Buda Shakiamuni, inclusive para o português, é que pude ingressar conscientemente nesse maravilhoso caminho Mahayana de iluminação.

Encontrei este vídeo hoje que é do Zen Budismo. É um pouco diferente de nossa tradição. O achei lindo!

8 de jun. de 2009

É POSSÍVEL SER FELIZ?

Autor do Texto: Emerson Barros de Aguiar


Todd Solomoz dirigiu "Happiness" em 1998. No filme, ele mostra a mediocridade da vida de um punhado de pessoas que protagonizam situações dramáticas, nauseantes e patéticas. Foi muito premiado. Toronto, San Sebastian e Cannes, foram alguns dos troféus.

Na tragicomédia de Solomoz, cada personagem toca a vida do outro, desenhando quadros de tragédia, crime, tédio, indiferença, ingenuidade e perversão. Nos bônus do DVD, perguntam ao diretor de onde retirava tais histórias. Ele respondeu: "Da vida".

Só que a vida não precisa ser assim!

Algumas pessoas ficam furiosas quando falamos de felicidade. Porque crêem que a felicidade é impossível. Um escritor australiano chamado Andrew Matews escreveu um livro formidável: "Seja feliz!" E foi bastante desaconselhado a publicá-lo. Os editores que o viram disseram que era um tema para psicólogos. Ele não tem tal formação, é um desenhista, mas insistiu em publicá-lo. Vendeu dezenas de milhões de exemplares pelo mundo afora, pela simples razão de que não é uma formação burocrática que confere o conhecimento sobre um assunto. O livro de Matews é excelente. Aliás, os livros. Eu os li todos.

A tentação de ser infeliz porque os outros o são é muito grande. Muita gente cede a ela. Mas devemos resistir. Nich Nath Han, um monge vietnamita que vive na França, disse que é terrível que existam tantas crianças morrendo de fome e em guerras ao redor do mundo, e que devemos nos esforçar para mudar isso. Contudo, acima de toda dor, devemos nos lembrar sempre que a flor que desabrochou hoje, em nosso jardim, é um milagre!

A maior felicidade é ser útil, mas ninguém é útil sendo um infeliz. Por tudo isso, o tema sempre me interessou. Devo ter lido uns bons 50 livros específicos sobre o assunto. Nenhum deles de psicólogo algum. Alguns do Dalai Lama, outros de filósofos estóicos como Epiteto e Sêneca, outros ainda de Jiddu Krishnamurti.

Quando meu amigo Gilberto Cabeggi me enviou um exemplar do seu livro "Todo dia é dia de ser feliz" para que eu o comentasse, não sabia do meu interesse e pesquisa sobre a felicidade. Ele também não é psicólogo. É engenheiro civil com especialização em Análise de Sistemas. Mora no arquipélago japonês e é editor de um jornal eletrônico chamado Papo Legal, WWW.papolegal.net. Sempre estamos em contato. Eu na Europa, ele na Ásia. Há um autor aqui na Espanha que também escreve sobre este tema. É Jorge Bucay. Seus textos são claros e encantadores, como os de Gilberto. Bucay tampouco é psicólogo.

A felicidade não é algo complicado, porque tem de ser, necessariamente, simples. Não há fórmulas, mas a experiência nos ensina o que funciona e o que não funciona. Aqui valem os depoimentos de alguns seres humanos extraordinários que viveram antes de nós. A simplicidade da vida salta aos olhos nas orientações dadas por Jesus no Sermão da Montanha. A filosofia estóica, em muitos momentos, parece quase uma recitação dessa mensagem de Jesus. Uma regra de ouro? Não é vida que torna alguém infeliz, é o seu modo de encará-la. Uma situação dolorosa produz inevitavelmente dor, não pode ser diferente. Entretanto, o sofrimento é um prolongamento dessa dor. E, o pior, uma escolha.

A primeira pessoa a me falar disso foi Sri Swami Tilak. "Não é o mundo que lhe faz sofrer, mas a sua atitude diante dele". Outra não poderia ser a tese de Gilberto em seu livro, porque a mesma mensagem está sendo enviada há milênios, em busca de ouvidos que a escutem. O livro do meu amigo Gilberto Cabeggi, fala, com maestria, das atitudes e comportamentos que geram mais felicidade pessoal. Ele aborda o tema de diferentes perspectivas: a vida profissional, a familiar, a saúde, o estabelecimento do equilíbrio mental e espiritual. A seguir, é o próprio autor quem nos fala:
ENTREVISTA
A felicidade é possível?

Esta é uma boa pergunta. Seria interessante que cada leitor perguntasse a si mesmo. Sim, porque é só você que pode dizer se a felicidade na sua vida é possível, ou não. É apenas uma questão de opção sua. Na minha vida pessoal, posso afirmar, sem sombra de dúvidas: a felicidade é totalmente possível, real e presente a cada dia.
Você é um autor feliz?

Como autor, sinto-me realizado - o que não quer dizer que "vou acomodar-me por aqui mesmo" e parar de buscar o aperfeiçoamento na minha área de atuação e vocação. Quanto a ser feliz, a resposta à sua pergunta é "Sim! Gilberto Cabeggi é feliz todos os dias". Mas entenda, não é em todos os momentos de todos os dias. São momentos especiais, a cada dia, aqueles em que a felicidade me invade o coração.

Nos demais momentos, continuo no meu exercício de buscar a felicidade pelo maior tempo possível - e da maneira mais intensa possível -, dentro de cada dia que vivo. É assim que continuo aprendendo. Afinal, segundo uma idéia que li, de Paulo Coelho, - e com a qual concordo - se fôssemos felizes o tempo todo, estagnaríamos, pararíamos de evoluir como pessoas. Pois o que move o nosso crescimento é a busca pelo que entendemos que seja a felicidade.
Porque há tantas pessoas infelizes?

As pessoas, em geral, passam a ser infelizes quando deixam de acreditar na felicidade. E elas passam a desacreditar na felicidade devido a algumas posturas básicas que adotam, que fecham seus olhos e as confundem. Em resumo, eu diria que essas posturas que trazem infelicidade para as pessoas podem ser classificadas em três tipos: 1) Não saber apreciar aquilo que elas já têm em sua vida; 2) Pensar que são capazes de resolver tudo na vida, como que querendo "medir forças" com Deus; 3) Manter seus olhos voltados apenas para as dificuldades da vida, sem reparar nas bênçãos que as cercam. De onde surgiram os itens da felicidade que estão presentes em seu livro, como "gratidão, amor, paz..."? Gratidão, amor, paz, compreensão, caridade, e tantos outros bons elementos da vida existem para nos ensinar que nossas bênçãos são sempre maiores do que os nossos infortúnios. Basta que prestemos atenção à nossa volta, com o coração cheio de esperança, para perceber isso. Essas são ferramentas com as quais podemos moldar a nossa felicidade. E, para acessá-las, basta manifestar a sua vontade de ser feliz, que tudo isso será colocado ao seu alcance.
O que diria para alguém que se sente muito infeliz, que não acredita mais que a felicidade seja possível?

Se você não se sente feliz, aceite isso de bom grado. Não lute contra. Se você não acredita mais na felicidade, dê-se esse direito de duvidar da existência dela. O primeiro passo para qualquer mudança é a aceitação de você mesmo, como você é, com paciência e bondade. Tudo aquilo contra o que você luta, se fortalece em sua mente.

Depois, gradativamente, vá lendo coisas positivas e procurando interiorizá-las e colocá-las em prática, tanto quanto sentir ser possível a cada momento. Deixe que elas se tornem parte de você. Selecionamos muitas dessas mensagens estimulantes e as reunimos no livro "Todo Dia é Dia de Ser Feliz", exatamente para ajudá-lo a construir uma auto-imagem mais positiva e mais feliz. Chegará o momento em que, em sua mente, surgirá a questão "Será mesmo que a felicidade existe? Será que eu ainda tenho alguma chance de ser feliz?". E, então, você terá voltado sua mente para a direção correta e retomado a sua esperança de ser feliz. Mas seja paciente e persistente, pois o processo de reconhecer a felicidade dentro de você e a colocar em evidência é um pouco demorado no começo. É preciso treino, mas funciona. E quando você perceber isso, cada vez mais vai conseguir atrair a felicidade para si mesmo.
Como resumiria o seu livro?

O livro "Todo Dia é Dia de Ser Feliz" é o resultado de todo um aprendizado, ao longo da minha vida, na busca de motivação diária para ser mais feliz a cada dia. Nele, afirmo que a condição de estar feliz é mais facilmente conseguida quando adotamos três posturas básicas: 1) Goste daquilo que você já tem- saiba apreciar as coisas que você tem em sua vida, como seus amigos, seus pais, seus bens materiais; 2) Deixe nas mãos de Deus tudo o que você não pode resolver - boa parte da felicidade está em entender que há coisas que estão fora do seu alcance resolver e, nesses casos, é sábio deixá-las nas mãos de Deus; 3) Saboreie as boas coisas da vida - permita-se viver com satisfação, apesar de todas as dificuldades que possam estar lhe incomodando.

À medida que for lendo, o leitor irá assimilando esses três conceitos e sendo estimulado a colocá-los em prática, para tornar sua vida mais feliz.
Quem deveria comprar o seu livro?

Podemos afirmar que a leitura de "Todo Dia é Dia de Ser Feliz" é indicada para todos aqueles que querem ser felizes, ou ainda mais felizes do que são... Quanto a comprar o livro, as pessoas que o lêem, em geral, gostam de mantê-lo bem pertinho de si mesmas, para consultas a qualquer momento. Portanto, mesmo se leram a primeira vez um livro emprestado de um amigo, acabam adquirindo seu exemplar. E como torcem pela felicidade daqueles que amam, acabam por presentear seus pais, amigos, cônjuges e filhos, com o livro. E, dessa forma, continuam mantendo vivo o processo de semear felicidade, em sua vida e pelo mundo.
Um recado para o leitor?

No livro o leitor irá encontrar um convite para ser feliz e muitas dicas sobre como produzir a felicidade em sua vida. Será também convidado a dar permissão a si mesmo para ser feliz e compreender que isso só depende dele mesmo. "Todo Dia é Dia de Ser Feliz" faz parte de um projeto maior, de apoio e estímulo ao leitor, e representa apenas o começo da jornada. Outros livros já estão escritos e outros ainda em fase de desenvolvimento, apenas aguardando o momento da publicação. Por enquanto, o leitor vai ficar um pouco na expectativa, mas podemos adiantar que aqueles que se identificarem com "Todo Dia é Dia de Ser Feliz", com toda certeza, irão esperar ansiosamente pelos próximos livros.


FONTE: http://www.mundoespiritual.com.br/artigos.e.possivel.ser.feliz.htm

O CISNE NEGRO


Durante o inverno, os zoológicos alemães abrigam os seus animais em locais apropriados por causa do rigoroso frio trazido pela estação.

No início do inverno de 2006, ocorreu algo especial: um cisne negro do Zoológico de Muenster se apaixonou por um pedalinho em forma de cisne.

A ave não se separa da embarcação. Tal qual na história do patinho feio, que confundiu um pato de madeira com sua a mãe, o cisne negro persegue o pedalinho por aonde vai, imaginando ser ele uma fêmea da cor branca. Onde quer que esteja o barco, lá está o dedicado namorado fazendo par.

Faça sol ou faça sombra, o imponente cisne acompanha a sua “amada” por toda parte, sempre velando por ela.

Tanta devoção facilitou o trabalho da sua cuidadora e do diretor do zoológico que, guiando o objeto do seu desejo, atraíram o cisne apaixonado para o seu refúgio de inverno, enquanto passeavam no pedalinho pelo lago.

Não existe amor sem respeito, companheirismo, apoio e atenção.

Embora as necessidades da alma de cada pessoa sejam insondáveis e somente Deus conheça o coração do outro por inteiro, o ato de se dedicar a alguém encerra uma beleza inegável.

Os sentimentos alheios não são um brinquedo. Ninguém deve declarar compromissos afetivos que não queira ou não possa assumir. Nesta matéria, cada um costuma receber de volta aquilo que dá ao outro. Por isso, é fundamental respeitar as sutilezas do coração ao qual nos vinculamos.

É fácil condenar os outros em seus enganos afetivos. Seria melhor calar e tomá-los como lições para que nós próprios não venhamos a cair do mesmo modo. Neste tema, cada um tem as suas próprias quedas e decepções, podendo perceber, sem muito esforço, que não vale a pena julgar os outros.

Como podemos exigir a perfeição que estamos longe de possuir?

Quem despedaça corações realiza o oposto do amor, que trás integridade.

O amor não é um sentimento sem critérios. Não é uma obsessão. É paz. Não desperta sentimentos destrutivos nem perturba. Trás equilíbrio. Desperta, dentro de cada um, o que existe de melhor, de mais saudável e verdadeiro. Está identificado com a bondade, com a generosidade, com a compreensão.

O amor pode ser como um sol, que por dentro explode em atividade nuclear, para que o seu brilho seja possível. Sem luz, não há amor.

Somos tesouros no coração de Deus, que nos deu a faculdade de amar e também de guardar os outros dentro do nosso peito, sem, todavia tirar a sua liberdade. O amor libera em vez de encarcerar. Quanto mais livres nos sentimos, mais atraídos somos para quem nos ajudou a ser livres. Até mesmo para voar na companhia do outro, as asas devem estar soltas.

Tolice perguntar: e se o bumerangue não retornar? Ora, é porque era um bumerangue que não servia. Como confiar num bumerangue assim? Melhor que se vá, que siga o seu próprio caminho.

O Corcunda de Notre Dame amava a cigana Esmeralda. Seu coração simples, generoso e valente pulsava por ela, que não podia enxergar a beleza da alma do seu protetor, oculta sob um aspecto disforme.

A pequena sereia salvou a vida do príncipe, a quem igualmente dedicou o seu afeto. Penhorou a sua linda voz, o mais precioso bem que possuía, para poder ir ao encontro do amado. Mas ele não a reconheceu. Por fim, ofereceu a própria vida para salvá-lo de um outro naufrágio. Com esse gesto, foi elevada à região das almas nobres, aquelas capazes de amar com pureza e renúncia.

Não é o quanto amamos, mas sim a maneira que amamos que dá valor ao que sentimos.

O amor é um caminho para Deus. Aquilo que nos distancia do bem não é amor.

Quando amamos de verdade alguém, esse amor se revela em gentileza e bondade. Percebemos a beleza e o amor que existem à nossa volta, porque nos tornamos melhores e mais sensíveis. O amor é o oposto do egoísmo. Passamos a ver as pessoas como verdadeiramente são e a ouvi-las com mais interesse e paciência. Percebemos as pessoas como semelhantes a nós, nem melhores nem piores.

O amor nos modifica. Com ele, sabemos nos colocar mais facilmente no lugar do outro e compreender as suas necessidades.

O apóstolo Paulo nos lembra bem que todos os sacrifícios do mundo não são válidos sem amor. Por outro lado, tudo o que fazemos com amor, o menor gesto, torna o mundo melhor. Ainda que não sejamos compreendidos, não importa. O fundamental é amar.

O amor puro confere dignidade e nobreza a quem ama. Foi assim com o Corcunda da Catedral de Notre Dame, com a Pequena Sereia e com o cisne negro de Muenster. Porque o amor já vale por si.


* Texto atribuído a Emerson Aguiar - escritor e filósofo
emerson@etical.org.br


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